25, 26 e 27 de Abril
Cantado por escritores, místicos, reis e imperadores, o Caminho de Santiago fundamenta a sua importância na busca de algo - que pode ser a Fé, ou o interior de nós próprios. Não vamos recriar, infelizmente, o percurso total do Caminho português que não deixa de ser, também, um epíteto paradoxal, pois todos os caminhos são caminhos até à sepultura de São Tiago o Maior, um dos Apóstolos que, segundo a tradição, terá vindo evangelizar a Ibéria. Contudo, vamos percorrer, durante três dias, os trilhos transmutados por séculos de posses várias. Outrora o peregrino fazia testamento antes de partir acautelando-se, serenamente, na distribuição e resguardo dos bens que deixava e dos quais podia não voltar a apossar-se, num hipotético regresso. Hoje vislumbraremos apenas uma infíma parte do que viu e sentiu o peregrino medieval, atravessando campos imensos, debatendo-se contra perigos vários que transformavam a caminhada num ritual iniciático que confere à busca de Santiago, como antes o fizera com o Finis Terrae nas costas escabrosas da Galiza, numa comunhão entre todos os elementos.
Fazer o Caminho é uma experiência única, pessoal e transcendente e vale por isso a pena experimentá-lo ou revisitá-lo.
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Programa
Dia 25
- 5h- Concentração no Porto (rotunda da Boavista, junto à Casa da Música).
- 5h30m - Saída em autocarro.
- 8h30 - Chegada a Pontevedra.
Percurso do dia 25 (1.º dia) - Pontevedra - Caldas de Reis
- Pontevedra - Santiaguinho de Burgo - Reiriz - Santa Maria - Caldas de Reis
- Extensão: 23 km
- Grau de dificuldade: Médio.
Percurso do dia 26 (2.º dia) - Caldas de Reis a Teo
- Caldas de Reis - Curceiro - Ponte Valga - Pontecesures - Padrón - Santa Maria de Iria - Foramelo - Albergue de Teo
- Extensão : 30 km
- Grau de dificuldade: Médio
Percurso do dia 27 (3.º dia) - Teo - Santiago de Compostela
- Teo-Santiago de Compostela
- Extensão : 12 km
- Grau de dificuldade: Baixo
- Regresso: ao final da tarde.

Orientações
- Há um limite de inscrições que não pode ultrapassar os 40 participantes.
- O alojamento será feito em albergues, salvo indicação em contrário pelo participante que, atempadamente deverá comunicar a organização da sua preferência por outro estabelecimento hoteleiro.
- Os albergues são gratuitos na apresentação do Passaporte de Peregrino, que a organização entregará a cada um dos participantes à partida para que, durante o percurso possa ir comprovando, com carimbo, a sua passagem por pontos no caminho indicado. Deve levar-se saco-cama, toalhas e objectos de limpeza pessoal pois os albergues apenas disponibilizam beliches em camarata e banho.
- As refeições serão feitas ao longo do percurso com acesso a restaurante ou a mercados. Os participantes podem, eventualmente, levar consigo alguma comida e sobretudo água, mas recomenda-se que liberte a mochila de peso desnecessário.
- Não se deve usar calçado novo. Botas ou sapatilhas bem adaptadas ao pé é essencial. Aconselhamos o transporte de dois pares de calçado, meias de algodão e roupa desportiva, leve e sem pontos de excessivo aperto que macerem ou cansem o corpo.
- Aconselha-se o uso de bastão ou bengala e capa para a chuva (na Galiza o tempo é bastante instável nesta altura do ano).
- A organização e a ADVB aconselha que pondere bem antes de efectuar a sua inscrição. Ainda que façamos apenas um troço do caminho, trata-se de uma distância considerável no seu total (65 quilómetros).
- É da inteira responsabilidade de cada um a participação nesta caminhada. Uma vez inscrito, porém, recordamos que cada participante deve ter a consciência que a sua liberdade é limitada pela liberdade dos outros e que é necessário que todos cumpram um pequeno conjunto de regras para que todos se possam sentir bem, tal como: evitar a dispersão (não tem que integrar o grupo da frente, mas fazer para que possa ser visto por companheiros de caminhada), comparecer às horas indicadas e no local previsto se optar por sair à noite ou depois/durante a caminhada, nesse caso fazendo avisar a sua ausência.