5 de Setembro
Com as Férias gozadas, e a precisarmos de exercício, a proposta é de um passeio junto à Foz do Mondego, no denominado Salgado da Figueira da Foz.
O Salgado da Figueira da Foz, é um conjunto de Salinas ou Marinhas existente na Ilha da Murraceira, na Margem Sul da Foz do Mondego.
As Salinas da Figueira, começaram a laborar, no século X, e o seu dinamizador, terá sido um tal de Padre Pedro, enviado pelo Conde Dom Sesnando, que também "construiu" as primeiras casas junto à Igreja de S. Julião.
Em meados do século XX, existiam 229 marinhas em funcionamento, no entanto a fraca rentabilidade, a mão de obra elevada, a dureza do trabalho, comparativamente às Minas de Sal Gema, levaram aos poucos ao abandono das Salinas, e ao início das Aquaculturas. È de salientar o empenho da autarquia Figueirense, num projecto de revitalização do Salgado Tradicional, nomeadamente com a criação do Núcleo Museológico do Sal, da Rota das Salinas, do Armazém do Sal, etc.
O Cloro e o Sódio, sendo respectivamente um Gás amarelado e tóxico e um Metal acinzentado e explosivo, quando combinados formam um cristal que se for puro é quase transparente. Eis o Sal.
O sal é absolutamente indispensável ao corpo humano. Estima-se que num corpo de um adulto exista entre 200 a 250 gr de sal. Os Portugueses, normalmente exageram no consumo de sal, e são ainda raros os que consomem por dia as 6gr de sal recomendadas pela OMS. No entanto a falta de sal, também nos é prejudicial, provocando cãibras, dores de cabeça, um cansaço evidente, etc.
Portugal foi na Idade Média, o maior exportador de Sal para os países no Norte da Europa. O valor do Sal era comparado ao da seda ou do ouro, os soldados romanos recebiam o seu ordenado em sal, daí a palavra “Salário”. Os Egípcios, usavam o Sal para embalsamar os cadáveres, os nossos “avós” conservavam as carnes no sal, porque a carne em contacto com o sal perde quase toda a água, logo os micróbios responsáveis pela sua decomposição, têm muita dificuldade em se desenvolver.
Em Verões muito quentes e ventosos, a evaporação é muito rápida, formando-se à superfície uma camada de cristais finos. Este sal de uma brancura extrema, porque não assenta no fundo argiloso, forma a chamada flor de sal, que é muito apreciado para a culinária (grelhados).
Alguns talhões têm uma coloração rosada, devido ao minúsculo camarão das salinas, que se dá bem com grandes salinidades. Como normalmente é a fonte de alimento principal dos Flamingos que nascem cinzentos, pensa-se que a mudança para a tonalidade rosa é provocada pela ingestão abundante de Artemia Salina (Camarão das salinas).
O resto do dia será livre, no entanto sugerimos uma ida à praia, um passeio na Marginal da Figueira ou ainda uma visita a uns viveiros de peixe.
De Grau de Dificuldade Médio/Baixo e com início e final na Margem Esq. do Mondego, por baixo da Ponte da Figueira (Estrada 109).
É fácil chegar à cidade da Figueira da Foz. De seguida atravessar o Mondego para a margem Esq., seguindo a indicação de Leiria, Lisboa, Estrada 109. No final da Ponte, virar à dir. para Venturas, Estaleiros e 300metros percorridos, virar novamente à dir, onde se verá o local de encontro.
Como é previsível um dia de calor, o Passeio decorrerá só até à hora de Almoço, como se depreende do programa. Assim, a habitual confraternização que habitualmente decorria durante o Jantar, acontecerá durante o Almoço, que é da responsabilidade da organização.
Visita à Salina e ao Museu.
Para os sócios da ADVB (com as cotas em dia) e crianças é grátis.
Para os restantes é de 5 Euros.
O Almoço será pago no local, e rondará os 15 euros.
Esta actividade não tem fins lucrativos.
A ADVB, não se responsabiliza por qualquer acidente que possa provocar danos físicos, morais ou psicológicos nos participantes ou em terceiros. Sugerimos a realização de um seguro pessoal.
Fotografias de Elisabete Costa Almeida.
Fotografias de Huro Ribeiro.