15 de Maio
"Muy Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade"
"Onde Houve Nome Portugal"
Cidade da Liberdade
Ver fotografias em baixo.
Pré-História - Povoamentos castrejos da Idade do Ferro no morro da Pena Ventosa (Sé)
Época Romana - Travessia do Rio Douro pela importante Via Romana Olissipus - Bracara Augusta. As raízes da toponímia actual surgirão nesta altura: Portus (Porto) e Cale (Gaia). Construção da muralha no morro da Pena Ventosa que substitui anterior castreja.
Alta Idade Média (séc. VII) - Invasão bárbara e período Suevo (reconstrução da muralha primitiva).
Invasão Islâmica - destruição da muralha por Almansor (ano 1000), que aqui reúne tropas para atacar Santiago de Compostela.
Época Românica (séc. XI,XII) - Vímara Peres; Condado Portucalense; construção da Sé e atribuição de grande poder ao Bispo por D.Teresa; Bispo D. Pedro Pitões, os Cruzados e a conquista de Lisboa: desenvolvimento do comércio com os portos do Norte da Europa (França, Inglaterra e Flandres); Cidade de mesteirais e mercadores; impossibilidade dos Nobres permanecerem mais de 3 dias dentro da Cidade.
Época Gótica (séc. XIII,XIV) - afirmação dos mercadores do Porto que se aliam ao Rei contra o poder do Bispo; instalação dos mercadores na margem direita do Rio de Vila (Cidade do Rei por oposição à Cidade do Bispo, na margem esquerda); fundação da Alfândega régia (actual Casa do Infante); instalação das Ordens mendicantes (S.Francisco e S.Domingos); construção da Muralha Fernandina (D.Afonso IV - D.Fernando); a Cidade toma o partido do Mestre de Avis na crise 1383-1385 (o restante Norte ficou do lado de Castela) ; casamento de D.João I com D.Filipa de Lencastre na Sé; nascimento do Infante D.Henrique.
Séculos das Descobertas (séc. XV, XVI) - Armada de Ceuta: os cidadãos armam e aprovisionam os navios de carne e ficam com os restos: as tripas (TRIPEIROS); construção naval (Lordelo do Ouro) e desenvolvimento dos bairros ribeirinhos de Miragaia e Massarelos.
Época Filipina (1580-1640) - Instalação dos Jesuitas e construção do seu Colégio e Igreja (actual Igreja de S.Lourenço dos Grilos e Seminário Maior); Igreja de S.João Novo e Mosteiro da Serra do Pilar.
"O Porto Barroco" (Séc. XVII e XVIII) Convento de S.Bento da Vitória; Nasoni e a construção do Paço Episcopal, Galilé da Sé, Torre dos Clérigos, Igreja da Misericórdia, etc; Talha dourada e mestres bracarenses (Igreja de S.Francisco e S.Clara).
"O Porto dos Almadas" Neo-Clássico (2ª metade do séc. XVIII, Pombalino) - Derrube da Muralha Fernandina e canalização do Rio de Vila (Rua de S.João e Rua de Mousinho da Silveira); Construção da Cadeia da Relação, Hospital de S.António, Real Academia da Marinha e Comércio (Fac. Ciências)
Invasões Francesas (1808) - desastre da Ponte das Barcas (Soult); revolta contra a Regência Inglesa (Sinédrio)
Cerco do Porto (1832) - Apoio à facção de D.Pedro IV que desembarca em Pampelido e se instala na Cidade, sendo esta sitiada pelas tropas Miguelistas; vitória dos Liberais ao fim de 11 meses de Cerco.
Revolução Industrial ( 2ª metade do Séc. XIX) - Praça Nova (Praça da Liberdade) e novos bairros fora de muros; construção da sede da Associação Comercial do Porto (Palácio da Bolsa); as pontes.
1 – Concentração / Início da caminhada/passeio – 09h30
Vila Nova de Gaia - Largo de Aljubarrota (Junto ao Cais de Gaia - Parque de estacionamento ** - ver nota)
2 - Largo Sandeman - A Mais Bela Cidade (a História inscrita no Granito) -
O Rio Douro, os morros do Porto (da Pena Ventosa e da Vitória), o Rio de Vila, a estrada romana Olissipus - Bracara Augusta, a muralha romana (depois sueva), a cidade do Bispo e a cidade do Rei (séc. XII-XIV), a Muralha Fernandina (séc. XIV), a centralidade do Porto no Norte, os Filipes, obras de Nasoni (arquitectura barroca do séc. XVIII), a intervenção de Pombal, os Ingleses e o comércio do Vinho do Porto, a 2ª invasão francesa de Soult, (1808), o Cerco do Porto (1832/3), as pontes metálicas ( a Pênsil e a de D. Luís I, construída por alunos de Eiffel).
3 - Travessia do tabuleiro inferior da Ponte D. Luis I
A ponte mexe, está apoiada em molas, mas não cai…); à esquerda, um olhar sobre o rendilhado da Ponte Eiffel (Maria Pia); o túnel da Ribeira; o painel “Ribeira Negra” de mestre Júlio Resende.
4 - Bairro do Barredo e Praça da Ribeira (sobre o rio de Vila)
Monumento de evocação do desastre da ponte das Barcas; zonas recuperadas com bela fotogenia.
5 - Muro dos Bacalhoeiros (pano ribeirinho da muralha fernandina)
Postigo do Carvão; casario do séc. XVIII
6 - Casa do Infante (antiga Alfândega régia, séc. XIV)
Capela da Senhora do Ó (evocação da Virgem grávida)
7 - Palácio da Bolsa
Sede da Associação Comercial do Porto, construída no local do claustro do Mosteiro de S.Francisco, destruído no Cerco do Porto) - visita às 10h 30 (4 euros/pessoa).
8 - Feitoria Inglesa (séc. XVIII)
Rua de S. João, com edifícios Neo-Clássicos (o estilo “pombalino” do Porto) de frontão triangular, neoclássico inglês(2ª metade séc. XVIII); Rua da Bainharia.
9 - Porta de Sant’Ana
Torreão da muralha primitiva (onde houve o Arco que deu o nome a um livro de Almeida Garrett); Largo do Colégio e Igreja de S. Lourenço dos Grilos, construída pelos Jesuítas e entregue aos frades Grilos depois da expulsão daqueles (último quartel do séc.XVI), fachada grandiosa, em estilo chão, mas “semi” falsa; Largo e Rua da Pena Ventosa: Torre medieval (Arquivo Municipal)
10 - Sé Catedral (Séc. XII)
Igreja fortaleza, românica; Pórtico Barroco de acrescento tardio; Galilé lateral (Nasoni); Altar de prata maciça (que os franceses não levaram…); visita ao Claustro Gótico ( 2 euros / pessoa )
11 - Casa dos Vinte e Quatro (Conselho Municipal)
Reconstruída com gosto discutível pelo arquitecto Fernando Távora; Rua Escura; Rua do Souto; travessia da Rua Mousinho da Silveira (séc. XIX) no local da antiga ponte do Souto; tascas do Porto na Rua de Afonso Martins Alho (mercador que negociou, e bem, o primeiro tratado de comércio com Inglaterra); Adega do Olho (á esquerda).
12 - Rua das Flores (a rua comercial por excelência)
Casa do Burguês Portuense: casa estreita (paliteiro) com o comércio no rés-do-chão, quartos nos andares intermédios, cozinha e quarto da criada no último andar; fachada monumental, mas escondida, da Igreja da Misericórdia (Nasoni)
13 - Largo de S. Domingos, rua de Belomonte
Palácio dos Pacheco Pereira; Rua da Taipas; Judiaria do Porto; Rua de S. Miguel.
14 - Largo da Bataria
Onde esteve instalada uma bataria Liberal que D.Pedro IV comandou - vista panorâmica sobre a "Cidade Gótica"; morro da Sé (Pena Ventosa) e marcas do relevo da primitiva Muralha Romana (Sueva; vale do Rio de Vila; morro da Vitória com os seus telhados e clarabóias; marcas de balas do tempo do Cerco do Porto, na Igreja ao lado (paroquial de Nª.Sra.Vitória)
15- Rua de S. Bento da Vitória (antiga Judiaria)
Igreja e Convento de S.Bento da Vitória (séc.XVII- local da Sinagoga)
16 - Porta do Olival
Fragmento da muralha fernandina dentro do café "Porta do Olival", Torre dos Clérigos (Nasoni ), Cadeia da Relação (Pombal - 2ªmetade Séc.XVIII) construída com pedra da muralha fernandina; Edifício da Fac. Ciências (início do Séc.XIX), Jardim da Cordoaria (antigo Campo do Olival)
Almoço - A cargo dos participantes. Poderá ser em modo piquenique ou em restaurantes na zona da Cordoaria.
17 - Passeio das Virtudes (séc. XVIII)
Rio Frio, Largo, Mosteiro e Igreja de S. João Novo de estilo chão (séc. XVII); Porta de Nossa Senhora da Esperança; Escadas do Caminho Novo (pano ocidental da muralha fernandina)
18 - Passeio ao longo da margem direita do Rio Douro - Alfândega (nova)
Miragaia; convento de Monchique (ligado ao “amor de Perdição”); Massarelos; Igreja do Corpo Santo de Massarelos ( confraria dos mareantes); Ponte da Arrábida (projecto de Edgar Cardoso, nascido em Resende), Lordelo do Ouro (estaleiro de caravelas)
19 – Barco: Cruzeiro no Rio Douro – as 5 pontes.
Duração da viagem cerca de 1 hora.
Custo: adultos € 5,00. Crianças até aos 11 anos grátis.
20 - Visita às Caves Calém
Entradas € 2,00. Com direito a provas.
21 – Jantar – 19h30 – Restaurante Via Garrett
Praça do Município – Porto - (15 euros/ pessoa). Crianças até aos 12 anos € 7,50.
PRESENÇAS LIMITADAS a 50 pessoas. Por ordem de inscrição.
Grau de dificuldade: Médio
Até ao dia 13 de Maio de 2010.
Junto ao Largo de Aljubarrota há um parque de estacionamento a pagar.
Contudo, saindo do Largo de Aljubarrota e subindo a rua de Serpa Pinto, percorridos 400 metros, virar à direita, entrar na Rua D. Leonor Freitas em direcção à Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTS) que fica a cerca de 100 metros.
Há dois parques gratuitos. Um à esquerda junto à ESTS e outro à direita propriedade da Sogrape, ( abre às 09h00 - encerra às 20h00 ) com acesso pedonal ao Cais de Gaia.
A caminhada de sábado passado pelo Porto foi um êxito. Agradecemos ao nosso novel associado, Joaquim Lindoro, todo o empenho e interesse que pôs na concretização desta iniciativa.
Depois da concentração no cais de Gaia, atravessámos a ponte D. Luís I e visitámos o Palácio da Bolsa. Admirámos no átrio os brasões pintados no tecto representando os agentes que estabeleciam relações comerciais com esta câmara de comércio. Destacava-se um com uma águia imperial a sobrepujar uma tarja, onde se lia: et pluribus unum. Curioso! Passámos ao salão árabe para admirar o laborioso rendilhado de ornamentação.
Subimos depois a Rua dos Mercadores em direcção à Sé e daqui para o jardim da Cordoaria, para almoço. À tarde, deslumbrámos com um passeio de barco no Douro onde colhemos bonitas impressões de fim de tarde das cidades de Gaia e Porto banhadas por um cálido sol dourado. Agradecimentos também ao José Sampaio e Margarida Cardoso pelo seu irrepreensível trabalho organizativo.
A vista às caves Calem culminou o dia cultural, se bem que as dúvidas quanto à classificação de um vinho como vintage não ficassem totalmente esclarecidas pese embora os simpáticos esforços da guia nesse sentido. Valeu a intervenção do Paulo Bernardo e da Adelaide Freixo: esclarecedora, frutada, com ligeiro travo no palato!
Mas a surpresa do dia estava reservada para a noite quando o Jorge Costa e mulher Alexandra Teixeira apresentaram, ao jantar, o seu bonito filho, o Pedro, que com apenas alguns meses de idade se tornou o símbolo do rejuvenescimento da Associação para a Defesa do Vale do Bestança. A sua madrinha, Margarida Cardoso, toda orgulhosa, não cabia em si de contente. Que seja muito feliz e tenha sempre muita saúde, são os votos da ADVB.
No final, ainda houve tempo para a actuação inusitada de uma tuna de veteranos apesar do denso e impregnante fumo que invadiu a sala.
Foi um dia bem passado numa cidade sempre bonita: o Porto, com Gaia à vista.
Obrigado a todos os participantes que esperamos rever na caminhada do Cabrum e visita à Ilustre Casa de Ramires, dia 29. Até lá!